segunda-feira, 29 de maio de 2006

Corinthians de A a Z


CORINTHIANS DE A a Z: PEQUENO DICIONÁRIO AMOROSO
Por Vã Malocca

Amor incondicional. Existe: pelo Corinthians.

Bambi: neologismo criado por Vampeta para designar times cujos atletas são extremamente delicados.

Coringão: como a carta de baralho, o coringa e o Coringão preenchem qualquer vazio. Uma vez Corinthians, felicidade completa.

Democracia Corintiana: maior movimento sócio-político da história do esporte em todo o mundo. Fortalecidos pelo manto sagrado e sua imensa torcida, em pleno regime militar: Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon convocam a nação brasileira à luta pela democracia.

Embaixadinhas do Edílson: assim que sentiu concretizada a supremacia alvinegra em campo, Edílson, entediado, disparou a fazer embaixadas. Bizarramente essas foram consideradas criminosas, intriga da oposição.

Fiel: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, ainda que a morte os separe.

Gaviões da Fiel: grupo de Fiéis que se uniu para garantir que quem dirige o Todo-poderoso o mantenha em seu lugar - acima do bem e do mal.

Herói: clube de operários fundado em uma barbearia, o herói Corinthians enfrenta e vence todas adversidades, uma a uma. No campo e na vida, orgulho da nação.

Invasão Corintiana, o maior deslocamento humano em tempos de paz. Mais de 70 mil corintianos invadem o Rio e o Maracanã, em pleno jejum, impagáveis.

Juiz ladrão. Sim, porque o Corinthians nunca perde, o juiz é que rouba! Se tivesse dado aqueles justos trinta segundos a mais teria virado o placar!

Kia Joorabchian: egos à parte, o empresário foi um dos responsáveis pela ‘corintianização’ da Argentina.

Lealdade inerente. Um por todos e todos por um.

Multiplicação. Aos Fiéis foi dado o dom da multiplicação. Brotam no asfalto de Sampa. Um fenômeno ‘gremiling’.

Nunca desiste. Afinal: “És do Brasil o clube mais brasileiro”.

Odiado. O Corinthians é um divisor de águas, o Michelângelo do esporte e da religião. Pós Corinthians existem apenas dois tipos de torcedores: os corintianos e os anti-corintianos.

Pacaembú: ao time da cidade, o estádio da cidade.

Questão de tempo, a profecia do Hino se concretizou: “Campeão dos Campeões”.

Recordista, exímio goleador, matador: Cláudio Cristóvam, 306 gols alvinegros.

Sofredor. O conceito é bem simples: o Fiel é capaz de enfrentar todas adversidades e vencê-las, sem temor, dúvida ou cansaço.

Timão. O apelido é óbvio: existem times e times, e existe o Timão.

Uh! Marcelinho! Grito catártico em homenagem ao maior ídolo: excelência técnica, amor e raça. O Timão fez Pé-de-anjo à sua semelhança: o mais amado e odiado do Brasil.

Vicente Matheus, presidente e filósofo: “Comigo ou sem migo o Corinthians será campeão”.

Wladimir: Deus que vive entre os humanos a fim de propagar ideais corintianos, irresistível ultrapassou todos os limites, até troféu do rival recebeu.

Xodó da Fiel, José Ferreira Neto, Neto. Habilidoso maloqueiro, liderou e levou a nação ao primeiro título Brasileiro. Eterno.

Zé Maria dos pés desse guerreiro saiu o gol de Basílio, em 77: “Para mim, em termos de torcida, de expectativa, de entusiasmo, essa conquista foi mais importante do que a Copa de 70 e todas as outras Copas em que fui convocado”.

* Mil outros poderiam ser escritos. Alvinegro infinito, jus lhe seja feito.

PS. Basílio, sim é mais que justa a correção. Mas Vampeta tem seus méritos, e me tirou o foco, por ter sempre colocado o Corinthians, e seus adverários, em seu devido lugar.

Vã Malocca* é colunista do fotolog do Corinthians, toda terça-feira podemos nos deliciar com suas palavras sobre o Timão, vale conferir...o dessa semana promete...
http://fotolog.com/corinthians

domingo, 28 de maio de 2006

Gastronomia...

Final de semana gastronômico...affff

Menu:
sábado
Almoço: com família Macedo, a convite da D. Rose e Lelê
Horas de diversão e boa risada com todos e mais o Julio...nada de figurinhas da copa pra trocar...muita brincadeira com o Luquinhas.
FEIJOADA DE PRIMEIRA...

Jantar: pastéis da avó da Dani, mineira de BH...ruim demais, né?
Comi uns 19!!! Com Lulu, Lu, Jr., Dani e Lenda.
Algumas cervejas...aula de fotografia com o teacher Peter...

Domingo
Almoço: cardápio francês na casa da Lulu...
Quiche e frango...com direito a Petit gateau de sobremesa...hummm
(td bem que a quiche estava meio durinha, deve ter sido culpa dos "acários" que picaram a Lulis)
Jantar: Hobby, bom e velho x-maionese, com a maionese à parte, claro...com Picuca e Kito...tava com saudade...

Saldo:
6,364 Kg a mais...

À parte:
Nesse sábado o Fê, Apolo, foi pra LA, passar (pelo menos) 6 meses...
É nosso Apolo, das Perdizes para o mundo...conquistando a Califórnia...
Fê, aproveita muito, vou sentir saudades...prepara meu cantinho aí pra te visitar nas férias...

sábado, 20 de maio de 2006

Do amor, de amar.

Do amor, de amar.
Mari Cordovani

Amor é concessão, respeito, liberdade.
É saber dar valor à individualidade.
Respeitar seu próprio desejo
E não punir o outro com sua ansiedade.
É poder sorrir junto, olhar na mesma direção.
Permitir que o outro seja,
E não o moldar com as próprias mãos.
É admirar a diferença.
Exaltar um olhar.
Viajar num sorriso
Se permitir abraçar.
Fechar os olhos e ouvir a voz dele
Dormir e acordar com sua imagem,
Se ele não puder ficar.
Permitir que ele se vá, que se embriague dos amigos,
Do futebol, da cerveja e até de outras possa falar.
Que ele brinque, que ele viva e isso não te magoar.
Que então ele retorne cheio de saudade e história pra contar.
E que você divida as suas sob a luz do luar.
Amor é dádiva, é raro, é doação.
É um monte de clichês e regras
Pra aprender e ensinar.
Amor é completude, cumplicidade, atitude.
Amar já não é tão simples
Requer disciplina e vontade.
Dedicação e amizade.
Acima de tudo reciprocidade.

Manifesto a favor do descontrol!

Manifesto a favor do descontrol!
por Nina Lemos

É muito legal ser controlada. Eu, depois de anos, acho que até sou.
Só que ás vezes a gente olha em volta e vê tanto, mas tanto controle que...
sente falta dodescontrol! Falta passionalidade nesse mundo tão politicamente correto,
desabafou um amigo outro dia pelo telefone. Ele ta certo.
Então, esse é um manifesto pelo direito ao descontrol.
Quer dizer, mais que pelo direito. Venho aqui clamar o descontrol e acender uma vela para ele. Que bom que ainda sentimos coisas embaralhadas, que bom que temos ciúme, raiva, amor e paixão. Que bom que gritamos na pista! Que bom!!!
Acho bom, até, nesse momento, que vez ou outra a gente sinta tanta raiva, mas tanta raiva, que até bata o telefone na cara de alguém. Que a gente grite quando está com raiva. E não seja exageradamente educado quando a gente não está afim de ser.
Ser superior (não, não esqueci da minha musa mulher superior) é também poder sentir!
Eu quero sentir!!!!!
E pra sentir amor, preciso sentir raiva. E pra sentir raiva preciso sentir amor.
Ta, é psicologia barata descontrolada, mas esse é um manifesto pelo descontrole, então, escrevo sem me policiar.
A gente precisa parar de se policiar.
A gente precisa parar de ser cordato o tempo todo.
Nada como uma emoção bem de verdade gritada, nem que seja "um nunca mais querote ver", mas que também seja um "eu te amo", dito pra pretê, amigo ou bicho de estimação.
As terapias orientas e florais não vão eliminar nosso direito de sentir.
E eu, que não acredito nem em floral nem em terapia oriental, continuarei celebrando o descontrole. E a psicanálise. Que Freud a salve.

terça-feira, 16 de maio de 2006

O anjo que não teve filhos...

Esse poema foi escrito por um grande e querido amigo, que com toda sua sensibilidade e luta na vida e nos Gaviões, me ensina a cada dia um pouquinho com o jeitinho de menino adulto que tem...
Através da homenagem dele a seu pai (Sérgio Luiz) homenageio todas as mães e pães pelo dia de ontem...
Dudu, com certeza Beatriz e Sérgio se orgulham de você, tanto e muito mais do que eu...
Lindo poema...obrigada por permitir a publicação.
Já te falei o quanto você é especial?


O anjo que não teve filhos...

Um ancião, um druída ou um mago...
A experiência de uma vida alegre na construção e triste na emoção.
Dicotômico: Pai e Mãe ao mesmo tempo.
Dois frutos do amor, um menino e uma menina.
Abençoados duas vezes por Deus.
A calma traz a tranquilidade, onde suas palavras sábias
soam como a brisa do mar ao amanhecer.
Em momento algum foi vista sua ira, e muito menos
se deixou transparecer.
Na sua magnitude, nada mais é que um anjo que teve a sua
segunda chance fazendo por merecê-la.
A saudade de uma mulher, que nos acompanha até hoje e que
lhe entregou o cetro da maternidade.
Em meio a choros e sofrimentos a felicidade reinou.
Numa súplica por coragem, determinação e paciência.
O amor fez com que a insegurança, a solidão e melancolia não
vencessem, formando uma família forte, unida e feliz.
Nada como a benção dos orixás.

Com carinho...Dudu.

segunda-feira, 15 de maio de 2006

Leminski

***

você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo

nem fale em amor
que amor é isto

Paulo Leminski

***

O medo

O poema de Drummond parece tão atual após os ataques do PCC à São Paulo, que achei que deveria publicá-lo aqui...

O Medo

A Antonio Candido
"Porque há para todos nós um problema sério...
Este problema é o do medo."
(Antonio Candido, Plataforma de Uma Geração)

Em verdade temos medo.
Nascemos escuro.
As existências são poucas:
Carteiro, ditador, soldado.
Nosso destino, incompleto.

E fomos educados para o medo.
Cheiramos flores de medo.
Vestimos panos de medo.
De medo, vermelhos rios
vadeamos.

Somos apenas uns homens
e a natureza traiu-nos.
Há as árvores, as fábricas,
Doenças galopantes, fomes.

Refugiamo-nos no amor,
este célebre sentimento,
e o amor faltou: chovia,
ventava, fazia frio em São Paulo.

Fazia frio em São Paulo...
Nevava.
O medo, com sua capa,
nos dissimula e nos berça.

Fiquei com medo de ti,
meu companheiro moreno,
De nós, de vós: e de tudo.
Estou com medo da honra.

Assim nos criam burgueses,
Nosso caminho: traçado.
Por que morrer em conjunto?
E se todos nós vivêssemos?

Vem, harmonia do medo,
vem, ó terror das estradas,
susto na noite, receio
de águas poluídas. Muletas

do homem só. Ajudai-nos,
lentos poderes do láudano.
Até a canção medrosa
se parte, se transe e cala-se.

Faremos casas de medo,
duros tijolos de medo,
medrosos caules, repuxos,
ruas só de medo e calma.

E com asas de prudência,
com resplendores covardes,
atingiremos o cimo
de nossa cauta subida.

O medo, com sua física,
tanto produz: carcereiros,
edifícios, escritores,
este poema; outras vidas.

Tenhamos o maior pavor,
Os mais velhos compreendem.
O medo cristalizou-os.
Estátuas sábias, adeus.

Adeus: vamos para a frente,
recuando de olhos acesos.
Nossos filhos tão felizes...
Fiéis herdeiros do medo,

eles povoam a cidade.
Depois da cidade, o mundo.
Depois do mundo, as estrelas,
dançando o baile do medo.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Remédio pra insônia...

Genteeeeeeeee descobri o remédio pra minha insônia!!!
Assistir o jogo dos bambis na tv...
Eita joguinho feio...
Quando acordei já estava no jornal da globo e nem vi o gol do Estudiantes...
rsrsrs pelo menos dormi bem...

terça-feira, 9 de maio de 2006

Para Thi

Toda vez que eu olhar pro céu estrelado e puder ver Antares e chuva de estrelas cadentes,
vou me lembrar do seu sorriso e isso será suficiente...

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Na vitória ou na derrota...


Desde de quinta-feira estou tentando digerir o que aconteceu no Pacaembu.
Confesso que ainda não consegui...
Passei o dia nervosa, não consegui comer, não consegui trabalhar direito, só pensava na hora de chegar no Pacaembu pra encontrar meus amigos e ver o jogo.
Saí do trabalho, passei em casa, vesti o kit maloca e me mandei pra lá...antes peguei minha irmã, que estava louca pra ir e conseguiu um ingresso...
Chegamos lá e o clima estava de festa, muita gente nas ruas, as pessoas com um brilho único nos olhos que só o Corinthians é capaz de dar...
Nessa hora todos os problemas cotidianos desaparecem, as brigas com namorados, falta de grana, demissão no trampo, doenças na família...enfim...tudo é preto e branco e a alegria e confiança na força do timão imperam.
E como é lindo ver aquela união...pessoas de todos os tipos e lugares unidas por uma paixão, amizades construídas nessas bases, irmandade de cores e combinações, um grito único e inexplicável.
Encontrei todos os amigos mais fiéis, Thiaguinho, Marcella, Wesley, Wel, Ju, Guga, Vagner, Viola, Chuchu, Fábio, Andy, Malocca*, Miriam, Bruno, Lelê, Lu, entre outros tantos, e outros tantos que fizeram falta, como o Batata...todos confiantes, ansiosos...
Tomamos a cerveja de lei na Lurdinha antes de encarar a fila e a confusão pra entrar no estádio.
Assim que passei pela catraca com minha irmã, fui pro alambrado esperar o pessoal...
Já na entrada tomei um "chegapralá" de um PM que tentava fazer a galera sair de perto do portão...é impressionante como eles sabem onde atingir...na boca do estômago, que estava vazio, pra sorte dele.
Fomos pra arquibancada amarela, no nosso canto de sempre...e a FIEL estava linda, o pacaembu estava tomado de preto e braco, numa festa que mais parecia final de campeonato. Arrepiava ouvir os gritos do povo...e fazer parte disso tudo.
Quando o Nilmar fez o gol os olhos se encheram de lágrimas, o grito desafinava de tanto que durava, entre abraços e comemorações fizemos juras de ir juntos ao Japão, venderíamos tudo se preciso pra pagar.
A explosão de alegria era interminável...o sonho estava mais palpável, bem pertinho de se realizar. E dá-lhe celular tocando, mensagens e comemoração.
Não precisávamos de mais nada...só saber administrar esse placar.
E o segundo tempo começou...
Com ele começou também o fim do sonho...No gol contra do Coelho, que por sinal foi um golaço. E o cara me faz isso num jogo desses?
Nesse momento começamos alguns a chorar, outros a xingar mais, outros a fazer suas mandingas e rezas secretas...
O segundo gol foi um balde de água gelada e o terceiro finalizou o sonho, ou o que ainda restava dele...
Quando a invasão começou, percebi que a coisa ia esquentar e ficar feia.
Centenas de torcedores revoltados (assim como os 32 mil? que lá estavam, mais os milhões que viam o jogo pela tv) não conseguiram controlar a desilusão e a raiva de ver homens vestindo a camisa do Corinthians sem dar o devido valor a ela.
Não, não sou a favor da invasão, muito menos da violência, mas não posso condenar alguém por uma paixão...e a paixão pelo CORINTHIANS é capaz de absolutamente tudo. Desde a maior alegria da vida, até o maior desgosto. A diferença entre torcer para o Corinthians e torcer contra ele, é que mesmo assim continuamos com ele.
O que vimos ali foi uma catarse, um extravasamento de toda frustração. Isso, não é condenável.
A ação da polícia, tão elogiada pela mídia, foi no mínimo, grotesca.
Concordo que eles tenham que impedir a invasão, que tenham que controlar a massa enfurecida, que tenham que inclusive cuidar de preservar a própria vida, mas não podemos esquecer que, mesmo depois de toda a situação controlada, policiais atiravam a esmo nas arquibancadas, lançavam suas bombas em qualquer direção. As pessoas que ficaram nas arquibancadas, tentaram se proteger. Quem quis enfrentar a polícia e participar da briga desceu...mas os que não desceram foram atingidos, foram prejudicados, pagaram por atos que não são deles e isso não tem cabimento.
E quem tentava sair do estádio sofria mais repreensão, e nada de imprensa mostrar isso...a praça Charles Muller parecia um campo de guerra. Pessoas correndo desesperadas e se escondendo dos tiros, gente machucada e com os olhos e narizes ardendo por conta do gás. Quem queria sair não conseguia, tinha a cavalaria lá fora, lá dentro, a polícia com suas bombas.
Entre bombas de gás lacrimogênio, tiros de bala de borracha, lágrimas pela derrota e preocupação com minha irmã, tentei controlar o medo e manter a calma.
O celular tocava e era impossível dar notícia a quem não estava lá.
Conseguimos sair pela numerada e nas ruas a tensão aumentava. A preocupação com os amigos que estavam lá e a preocupação em proteger minha irmã. Mais gás, mais correria, mais pânico. Tudo que eu pensava era, não larga a Babi, Mari, fica perto dela, e não corre...não corre de jeito nenhum...se cair, já era!
E não corri...
Quando a situação se acalmou fomos todos pra Lurdinha novamente, nosso ponto de encontro.
Todos estavam bem, as cenas de guerra marcadas, mas todos bem.
Em 15 anos de estádio nunca vi algo assim...mesmo na arena petrobrás (RJ) ano passado, em Goiânia, até mesmo em outros jogos em que o pau fechou bonito!
Dessa vez foi diferente...não mais, nem menos violento.
A questão era maior...não era uma briga de torcidas, era uma cobrança por respeito. Respeito ao torcedor, respeito à camisa do Corinthians, respeito ao investimento pessoal de todos aqueles que vivem essa paixão.
Não dava mais pra conter o desgosto com MSI, com Roger, Ricardinho, Carlos Alberto, Coelho, Gustavo Nery...promessas de um título tão sonhado que escorreu pelas mãos da sujeira da lavagem de dinheiro e da ditadura de Dualib.
Não dá mais pra aceitar isso no Corinthians. Nem nunca devia ter dado.
O Corinthians nunca precisou de MSI pra nada. Nem de estrelas e nomes de peso. Fomos campeões em 1990 com a raça dos jogadores e a liderança do Neto. Esse era o nosso craque. Esse honrava a camisa que vestia. Esse é um título com a cara do Corinthians.
A MSI trouxe Tevez e Nilmar...portanto, calem-se todos, aplaudam as contratações...Nilmar não está comprado, Tevez não dura muito...e como é que ficamos?
Depois disso tudo fomos todos pro Hobby, pra comer alguma coisa e tentar falar sobre o "infalável".
Conseguimos contato com amigos e familiares que estavam aflitos por notícias. Meu pai estava quase surtando quando consegui falar com ele.
Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas me procurando pra saber se estava tudo bem...estava tudo bem sim, fisicamente bem.
Emocionalmente a coisa estava feia e ainda está.
Lá no Hobby já falávamos do jogo de domingo contra o SP. Todos disseram que iam. Isso é Corinthians, na vitória ou na derrota.
Nem sabíamos pra onde esse jogo seria mandado, mas queríamos todos ir.
Fomos pra casa tentando ainda compreender, falar, ouvir...
A sexta-feira foi amarga. Só melhorou um pouco à noite quando fui encontrar o Thiago e a Ti numa baladinha e ouvir um samba-rock. Tomar umas cervejas e aproveitar a boa companhia do Thi, aí sim foi possível esquecer um pouco e me divertir.
No sábado fui pra quadra com o Guga, Ju e Dudu. O clima estava pesado...não parecia a quadra aos sábados...tava estranho.
Falei rápido com o Pulguinha e com a Elaine e com a mãe do Emerson (que tá no hospital)...a família dele estava lá...
De lá fui pro churrasco do Edmílson com o Ju e Guga. Era em Sapopemba, ou pra lá de Sapopemba...longe pra dedéu...mas fomos...
Chegamos umas 17hs e tava todo mundo...Wesley, Viola, Fábio...família reunida. Me dei conta disso quando, com o samba rolando, muita carne e cerveja o Wesley me abraçou e disse: Essa é minha família!
Parei pra pensar nisso por um instante e percebi ainda mais o peso do Corinthians na nossa vida...estávamos todos lá reunidos, vestidos com nossas camisas dos Gaviões e do timão, simplesmente pelo fato de o Corinthians existir.
Tinha uma meia dúzia de independente, mesmo assim fizemos a festa e entre provocações e cerveja o clima era dos melhores...afinal era um grande e querido amigo que estava longe da gente por um tempo que promovia esse encontro maravilhoso.
Pensei em muitas coisas nesses dias...na responsabilidade que tenho por fazer parte do departamento social dos Gaviões, no poder que temos de mobilizar massas e mexer com as emoções, no poder que o Corinthians tem de unir as pessoas e se tornar sua religião. E tudo isso é lindo, tudo isso me faz querer mais e mais e mais Corinthians...
Graças a ele fiz amizades maravilhosas que se solidificam a cada jogo, a cada encontro no MSN, a cada feijoada na quadra, a cada minuto. Todos esses tem um lugar mais do que especial na minha vida.
Hoje (domingo) almocei na casa dos meus pais, vestida de Gaviões do pés à cabeça, afinal tinha jogo de novo...o assunto foi o mesmo, a confusão de quinta. De uma certa maneira meus pais compreenderam melhor essa paixão...
Falei com a Rê e combinamos de ver o jogo no empanadas...a primeira coisa que ela perguntou foi: Mari, posso gritar gol se o SP fizer?
Eu ri...disse: claro que pode Rê, porque também vou gritar se o Corinthians fizer.
Fomos pra lá...tava lotado de bambis...nada intimidou.
Estava com amigos queridos, Re, Pi, Felipe, Marcella, Fê...
Gritei gol antes, saímos na frente e acreditei na vitória, o Corinthians estava bem...mas o resultado foi outro...3 x 1 pra eles...
Fiquei chateada, mas deixei isso pra lá...estava entre amigos, entre cerveja...
E assim a gente segue, assim é ser Corinthians...assim é amar um time mais do que a si mesmo e acreditar que no próximo jogo vamos ganhar.
Acreditar que dentro dos Gaviões podemos construir coisas lindas e comemorar muitas vitórias e títulos.

E NA VITÓRIA OU NA DERROTA EU GRITO FORTE, CORINTHIANO EU SEREI ATÉ A MORTE!!! E VAI CORINTHIANS!!!

terça-feira, 2 de maio de 2006

Make a wish...

















Na madrugada de sexta "embarcamos" eu, Babi, Thi e Gabriel pra Barra do Sahy...vou pra lá desde criança, mas nunca me canso da beleza e da paz daquele lugar...
Há tempos não ia, desde o ano novo...estava mesmo precisando das ondas, Iemanjá, boa companhia, vibe e boas risadas...
Chegamos no melhor estilo, sol nascendo e um visual único da Rio-Santos depois de passar por Juquehy...o ar já renovava o espírito...
O Thi levou o Jeremias junto...o cabra-homem foi o assunto do feriado e rendeu muitas risadas!!!
Quem quiser pode conhecer o nosso amigo nesse link:
http://www.portalcab.com/videos/jeremias_muito_louco.php
Garanto a diversão!!! E lembrem-se, que a gente só bebe porque "uuuu cão foi quem butou pá nóis beber"...
Entre "chopp sem esquema" na noite de Juquehy, mar pra tirar a zica, sol pra renovar a pele (aliás, eu e o Thi estamos bronzeadíssimos, diga-se de passagem...), irmã mais do que amada, Mel, por-do-sol, violão, peixe, lula, sorvete, palavras cruzadas, carinho, Jack Jonhson e muita conversa boa na melhor companhia no canto bravo, o feriado não podia ser melhor...
Aliás, podia, se o Corinthians tivesse vencido a Ponte...
No domingo Tico e Buguinho apareceram por lá...
Essa noite foi bem especial, lá pelas 5hs da manhã o Thi deu a idéia de deitarmos no jardim pra ver o céu...que estava divino!
Passamos mais de uma hora deitados, entre constelações de touro e escorpião, Antares e estrelas cadentes...
Era tanta estrela cadente que mal dava tempo de fazer pedidos...se cada um deles fosse feito e realizado...make your wish! Não custa tentar.
Deu até pra imaginar um ovni...fiquei pensando a nossa pequenez diante de tanta beleza desse mundo...beleza que costumamos não apreciar pelos dias corridos, pelo stress e pela falta de sensibilidade mesmo...a gente pode imaginar esse céu a cada dia, mesmo sem olhar pra ele...pode ter as nossas estrelas e desejos, pode e tem que que ter...só assim a vida fica mais saborosa...
E com esse gosto bom voltamos pra Sampa, renovados por 3 dias de riso estampado, tranquilidade e tudo aquilo que já falei acima...
Frases que marcaram:

* as do Jeremias, claro:
"- Mas rapaz tu bebeu demais, foi?
- Bébiiii, bébi inté umas horas pq eu sô cabra-homi..."

"La-drão rouba, eu já to matando é mil!"

* as do pseudo-Jeremias:
"- Eu sô cherôso por demais, to irrésistível!"
* as minhas:
"- Odeio a natureza...tem muito verde...vixe! Vai Corinthians! ;)"
* as nossas:
"- Mané que é Mané não passa protetor solar..."

Boa semana,

*** sem surpresas desagradáveis e sem stress...